segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Razão e Sensibilidade


“Se a mente humana pudesse provar Deus plenamente, Ele não seria maior que a mente que o prova” Billy Graham

Algo que todo homem enfrenta durante uma decisão por seguir a Cristo é uma luta interna que, a priori, entendemos como sendo a necessidade da sensibilidade ultrapassar a razão. E quando isso ocorre, quando enfim passamos por cima daquilo que chamamos razão, floresce em nós algo novo que se chama fé. Portanto, a fé suplanta em todos os sentidos a razão, e a nossa vida precisa ser o resultado do uso da razão em submissão à sensibilidade. Essa sensibilidade nos torna abertos a ver o que está invisível aos olhos da razão. Não precisamos nos desfazer da busca intelectual nessa guerra interior, mas a busca espiritual deve ser sempre maior e, sobretudo, deve sempre prevalecer diante da dúvida. Ou seja, quando tivermos uma dúvida entre seguir a razão e a fé, o resultado deverá ser sempre a favor da fé. Billy Graham disse que “uma pessoa pode ser intelectualmente brilhante, mas espiritualmente ignorante”. E Pascal coloca que: “É o coração que sente Deus não a razão.”

Podemos ver essa luta em quase todos os homens bíblicos, que em algum momento temeram quando usaram a razão, mas que, em outros momentos, revestidos de uma fé grandiosa a exerceram passando por cima do que teoricamente seria a razão deixando-se guiar apenas pela fé. Vejam Moisés nesses dois momentos: Em Êxodo 6:10-12, Moisés recebe uma ordem de Deus, porém, a razão ofusca o entendimento e ele coloca os seus “medos” à frente da fé: “Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
Vai, fala a Faraó, rei do Egito, que deixe sair os filhos de Israel da sua terra.
Moisés, porém, respondeu perante o Senhor, dizendo: Eis que os filhos de Israel não me têm ouvido: como, pois, me ouvirá Faraó a mim, que sou incircunciso de lábios?” Já em outra situação, muito mais complicada, quando estavam sendo perseguidos pelos egípcios, encurralados entre as montanhas e o Mar Vermelho, receberam uma ordem que, aos olhos humanos, era algo irracional. Mas nessa hora, a fé foi maior e eles seguiram pelo leito do Mar, aberto milagrosamente por ordem de Deus. “Então disse o Senhor a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a mão sobre o mar e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”. Êxodo 14:15-16

Isso vai acontecer em nossas vidas muitas vezes, teremos de lutar entre a razão e a fé e esta deverá prevalecer, Rosseau disse: “Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz”. Embora a razão deva ser parte integrante da nossa vida ela não pode ser uma luz maior que a luz da fé, pois essa luz cega em lugar de iluminar os caminhos do Senhor. Agostinho faz uma colocação interessante: “A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe”. E aonde queremos ir? Se nos ativermos ao planeta Terra que habitamos podemos usar só a razão, mas, devemos lembrar que somos peregrinos aqui e que o nosso endereço um dia vai mudar, deixaremos de usar CEPs terrestres para usar um CEP celestial. Como também citou Billy Graham : “Minha casa está nos céus. Eu estou apenas viajando por esse mundo”. Por isso, usemos a razão, porém com a fé nos direcionando.

Minha fé é no desconhecido,
em tudo que não podemos compreender por meio da razão.
Creio que o que está acima do nosso entendimento
é apenas um fato em outras dimensões
e que no reino do desconhecido há uma infinita reserva de poder.

Charles Chaplin

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