domingo, 7 de outubro de 2012

“Não quero ser mais gelo, ou líquido que desce, mas sim gasoso como o vapor de água, que procura os lugares mais altos”


Existe um versículo que eu brinco que é um BOEING 737. O versículo é o Jo 7:37 : “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”. Esse versículo nos mostra quem é o supridor da água espiritual, Jesus é a nossa água. Visto esse versículo, e sabendo que a Palavra nos mostra que devemos ser imitadores de Jesus, entendemos que se Jesus é a Água Viva, devemos tentar ser iguais a Ele: Água.

Nessa comparação, um pouco incomum, vamos pensar no que fomos e no que somos e ver o “estado físico ideal”, espiritualmente falando, que deveríamos atingir. A água pode ter três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Quando não conhecemos a Cristo e não entregamos nossa vida a Ele, somos como gelo, endurecidos no mundo, como Ef 4:17-19 nos mostra : “Assim, eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na futilidade dos seus pensamentos. Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao “endurecimento” dos seus corações. Tendo perdido toda a sensibilidade (gelo tira toda a sensibilidade), eles se entregaram à depravação, cometendo com avidez toda espécie de impureza.” 

Esse estado sólido não se amolda aos padrões de Cristo, como o gelo não se amolda ao recipiente em que é colocado; só depois de derretido é que ele toma a forma do vaso que o recebe. Assim, enquanto somos “gelos”, não nos amoldamos aos princípios de Cristo. Quando conhecemos a Cristo e nos entregamos a Ele, aceitamos o que lemos em 1 Pedro 1:14: “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância”. Ao perdermos a dureza do gelo que éramos, passamos, simbolicamente, ao estado líquido, tomando a forma que Cristo requer de nós. Esse estado (líquido) é o inicio da nossa caminhada com Cristo. Mas, embora estejamos nos moldando a Cristo, se não continuarmos a receber o “calor” do Espirito Santo, podemos voltar ao estado sólido ou nos amoldarmos aos vasos do mundo. Como a água, que caminha para o mar no estado líquido, a tendência é descermos, enquanto não nos firmarmos na “Rocha”. E devemos continuar recebendo o calor do Espirito Santo, mais e mais, para que assim atinjamos o estado gasoso. Esse estado, como o vapor de água que sempre sobe, nos impele a procurarmos sempre os lugares altos. Estamos com o pé no mundo, mas a mente nos céus, com Cristo. É esse estado que Deus quer de nós; vejamos em João 4:23: “No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura”. Devemos ser o mais espirituais que seja possível enquanto aqui.

Agora vejamos a chave dessas transformações; do sólido ao líquido e do líquido ao gasoso. Quando a água está sólida e queremos transformá-la em líquido, precisamos aquecê-la. E quando líquida e queremos transformá-la em vapor, também precisamos aquecê-la. E o ponto comum é a presença de uma fonte de calor. Espiritualmente falando, precisamos da fonte de calor que só o Espirito Santo nos dá. É Ele quem nos aquece e nos transforma de pedras geladas em adoradores. 

Quando falamos da água natural e citamos a fonte de calor, precisamos entender que ela passa de gelo a líquido e de líquido a gasoso por ganhar calor. Mas ela pode “voltar” do estado gasoso ao líquido e do líquido ao sólido quando deixa de ganhar ou manter o calor. Não existe uma energia “fria”, ou seja, a água muda seu estado por perder calor não por ganhar frio. Assim é conosco, precisamos estar constantemente aquecidos pelo Espirito Santo, congregando (uma brasa afastada da fogueira se apaga), lendo a Palavra e orando. Quando orando, fica fácil acrescentarmos as letras AD no orando e chegarmos ao estado “gasoso”, pois o orando se transforma em adorando.

O resultado desse glorioso encontro entre o humano e o divino é a adoração.

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