domingo, 22 de janeiro de 2012

Em Busca da Felicidade



“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” João 14:27


Há tempos os cientistas anunciaram uma descoberta alardeando ao mundo que lançariam um medicamento inovador: A pílula da Felicidade. Dessa maneira o produto chamado Prozac alcançou todos os continentes como um produto para depressão, porém, proclamado como o “provedor da felicidade”. O problema é que, com isso, foi colocado no mercado mais um produto como objeto de consumo para muitos que estão ávidos por conseguir a felicidade a qualquer custo. 


Muitos consideram a felicidade inalcançável, algo como o amanhã, que nunca chega, pois quando os ponteiros do relógio apontam para meia noite o que seria amanhã já é hoje, e temos de esperar novamente pelo “amanhã”. Uma busca realmente impossível, quando vista desse modo. Parece ser assim com muitos, que pensam que a felicidade está em coisas tangíveis como bens, família. O que acontece é que metas humanas, às vezes, são como o amanhã que nunca chega e então entramos em uma busca frenética e inglória. Quando atingimos uma meta surge outra, e assim vai, consecutivamente, sempre aparecendo metas maiores e nos dando a falsa impressão de impotência e impossibilidade. Só olhamos para frente e não para trás.


Ter alvos e desejos é salutar, pois estamos no mundo e devemos buscar atingir nossos sonhos. Porém a felicidade é algo que parece estar sempre um passo a nossa frente, com vislumbres momentâneos da tão desejada e almejada sensação. Experimentamos a felicidade quando conseguimos uma satisfação de necessidades imediatas, como quando adquirimos um carro, encontramos uma namorada, quando casamos, quando compramos a casa própria e assim vamos tentando alcançá-la. Isso me lembra aquelas corridas de cachorros em que algo que eles querem é puxado a sua frente em velocidade maior que a dele, e ele dispara atrás do alvo, mas nunca o alcançará. E porque ela parece inalcançável? Porque nesses termos ela o é. O filósofo Stuart Mill disse: “Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los”.


Inalcançável porque além de buscarmos algo novo a cada dia para nos satisfazer e nos alegrar, temos de conviver com notícias ruins todos os dias nos meios de comunicações, além de vermos pessoas menos desprovidas do que nós, o que também nos impede de sermos felizes com o que temos quando muitos não o têm. Realmente parece inatingível. E como balancear tudo isso? Grandes filósofos já tentaram mensurar ou “filosofar” sobre esse tema e as abordagens são as mais variadas e muitas vezes controversas. E aí reside nosso erro, consultar só o nosso coração, pois a palavra de Deus traz em Jeremias 17:9: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?” Porém, o versículo 7, anterior a essa admoestação divina, diz: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”. Essa é a resposta: colocar nas mãos de quem sabe e pode todas as coisas. Quando fazemos isso, os nossos sonhos e felicidade ultrapassam ao tangível, pois sentimos uma paz e uma alegria aparentemente sem explicação e aí passamos a entender que no mundo passaremos por dificuldades como Jesus nos alertou, porém ele nos exalta a termos bom ânimo, pois Ele venceu o mundo. “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.” Disse Carlos Drummond de Andrade.


Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 
Salmos 1:1-2

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