“Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” Sl 139:14
Nós tendemos a nos acostumar com toda e qualquer tecnologia que chega às nossas mãos. Minha neta Camila, hoje com 3 anos, mexe no meu celular com tanta proeza que fico impressionado. Seus dedinhos deslizam pela tela atrás de programas e jogos e desenhos, e também de um aplicativo aonde aparecem os planetas do sistema solar, no qual desde antes de ela completar 2 anos já achava alguns planetas e a lua pela qual sempre foi fascinada. Falo isso para mostrar o quanto vamos nos “acostumando” com as coisas sem percebermos o quanto elas são fascinantes. Tanta tecnologia impressiona. Pensem; podemos assistir a uma partida de futebol que agora mesmo está sendo jogada do outro lado da Terra.
Logo no início das transmissões ao vivo isso podia nos impressionar, mas hoje é tão trivial que não gastamos um segundo sequer do nosso dia para pensarmos nisso. Mas o que eu quero focar hoje não é a tecnologia dos equipamentos super sofisticados que o homem faz, e sim a máquina mais perfeita já construída; o corpo humano. Tentem imaginar o quão perfeito ele é. Pensem nas milhares de reações químicas que acontecem todo o tempo, para a digestão, a respiração, para o pensamento. Comecem a pensar no coração, que batendo em torno de 70 vezes por minuto, pulsa em torno de 104 mil vezes por dia ultrapassando 37 milhões de batidas num ano. Bombeia em torno de 85 gramas de sangue, a cada batida, impulsionando o equivalente a nove mil litros ao dia.
Você já imaginou a perfeição disso? Um pequeno órgão musculoso que não para de bater e em geral não falha. Já pensaram que muito poucas pessoas no mundo precisam de algum reparo na máquina perfeita! Quem comanda os batimentos? Quem fornece a Energia necessária para esses batimentos ininterruptos? É, você tem razão de estar pensando isso agora, ele é fantástico. Os comandos para batidas sincronizadas a energia e tudo mais que envolvem o sistema cardíaco estão totalmente explicados e detalhados pela ciência. O nosso corpo já não suscita tanta curiosidade, parece com o celular que minha neta usa. Temos um coração, 7 bilhões de pessoas têm; então porque ter curiosidade sobre isso?
Quando eu era pequeno ficava maravilhado no meu quarto pensando, nos movimentos. Lembro de uma ocasião, na minha cama, em que fiquei por muito tempo pensando só na maravilha da língua, que órgão fantástico! Quantos sabores conseguimos distinguir! Não são só os quatro conhecidos; como doce, amargo, salgado ou ácido, mas a combinação deles é que surpreende, podemos sentir centenas de sabores diferentes. E o olfato, como somos receptivos a cheiros em geral! Como alguns odores nos lembram nossa infância. Para mim o cheiro de alguns tipos de plástico me remete aos primeiros anos de escola quando minha mãe fez uma pasta de matéria plástica (hoje não se usa mais o termo “matéria plástica” e sim só plástico).
A lágrima que soltamos quando choramos, é um excelente lubrificante que os nossos olhos precisam. Piscamos mais de 25 mil vezes ao dia e os olhos precisam ser lubrificados para que a poeira, fumaça ou qualquer outro objeto estranho não risque a nossa córnea. Para lubrificar tantas vezes ao dia, é necessária a produção de muita lágrima. E a própria lágrima produzida é uma perfeição, pois é formada de lipídio, água e mucinas. Agora, o interessante é que o lipídio (gordura) fica na parte externa da lágrima evitando que a água evapore, enquanto hidrata com o auxilio da mucina.
Não tem como não ficar surpreendido por essa máquina perfeita. A nossa pele é trocada por completo a cada 20 ou 30 dias, isso significa que numa vida chegamos a trocá-la mais de mil vezes. Tentem comparar algumas coisas do que eu coloquei acima com um carro. Imaginem se quando a pintura estragasse, ela fosse automaticamente trocada. O motor seria lubrificado automaticamente por substâncias que ele mesmo produziria. É tão abismal qualquer comparação com o corpo humano que vou parar por aqui, voltando mais vezes para falar nessa máquina fantástica.
Para concluir. Por falar em máquina fantástica, minha esposa me chama de “minha Ferrari”. Fiquei muito emocionado com tamanho elogio, até que ela explicou: “cada vez que você sobe na balança vai de 0 a 100 Kg em menos de 4 segundos. “Ah bom! daí tá explicado.”
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