sexta-feira, 1 de julho de 2011

VALOR DAS VIDAS


   Como se mede o valor de uma vida? Pelo que ela é ou pelo que ela tem? Muitas vezes me pego com uma preocupação que muitas vezes parece boba, porém, me faz pensar. Quando assistimos a filmes, costumamos focar nos personagens principais deixando de lado os personagens secundários e figurantes. Explicando melhor, numa trama seja ela de drama, guerra, aventura ou policial, a nossa preocupação e cuidados são em cima das figuras principais e não nos importamos com as secundárias e figurantes. Num filme onde mortes violentas ocorrem a nossa preocupação é com o galã. Mas vocês já observaram em algum filme quantas outras pessoas morrem durante duas horas e não nos importamos desde que a principal saia ilesa?  As outras mortes são “efeitos colaterais”. Em romances e/ou dramas, muitas vezes inconscientemente, chegamos a torcer para que um amor dê certo mesmo ele sendo errado. Muitas tramas trazem o sofrimento de um homem ou mulher com seu par e surge então outro par mais compreensível bonito amoroso e torcemos para que aquilo dê certo.
     E poderíamos discorrer sobre várias outras situações aonde parece que o “mocinho” sempre tem razão. Ficamos tão ligados emocionalmente na trama, que nos esquecemos de tentar julgar pelos valores cristãos. Ok, podemos dizer; “isso é um filme”, o que é verdade, porém, temos de nos esforçar para não trazer essa mentira da tela para a verdade da vida.
   Agora vamos pensar um pouco, saindo da ficção e entrando na realidade do nosso dia a dia. Será que muitas vezes não nos esquecemos dos excluídos e desviados? Ao ouvirmos uma noticia de que alguém foi assassinado, com toda a razão do mundo sofremos pela família enlutada e queremos a prisão do bandido. Mas não pensamos no bandido como um ser humano que precisa de perdão e de Cristo, de pronto já o julgamos e declaramos culpado no tribunal do nosso coração. E assim, também fazemos com outros casos,  no dia a dia, tanto de mortes, roubos, adultério e tudo mais, inclusive com coisas mais simples.
   Quem lutará por essas vidas? Um livro baseado em fatos reais que li durante o meu processo de conhecer Jesus foi “A cruz e o Punhal” de David Wilkerson. E o que me chamava a atenção é que ele, lendo em jornais sobre um grupo de adolescentes em Nova Iorque que seria julgado por crimes nas ruas, em grupos,  ou melhor, em gangues, ele se compadeceu dos bandidos e foi lá para conversar com eles. Isso, em primeiro lugar por amor a Jesus Cristo, e em segundo lugar pelo amor àquelas almas. O final é surpreendente e para mim foi um marco para que meu coração começasse a compreender o amor de Cristo.
   Os homens devem sim pagar por seus erros, porém, devemos nos empenhar para que haja homens e mulheres com amor transbordante e que procurem esses “bandidos” para lhes mostrar o amor de Cristo. Estive num encontro maravilhoso em Natal, num final de semana, onde encontrei um casal de missionários em prisões, e conversando com eles vi o seu amor por vidas fora da lei.
   Uso muitas vezes quando dou uma palavra em igrejas a seguinte ilustração que li algum dia: Imaginem um casal que tem somente um filho. E esse filho é morto por um bandido. Imaginem que o pai, no dia do acontecido e nos dias seguintes, comece a pensar no que ele deve fazer. Primeiro, ele pode imaginar-se matando o bandido e se sentindo vingado. Depois, ele pode pensar em  prender o bandido e sentir-se justiçado. E por último, ele pode tentar ir atrás do bandido e trazê-lo para criar no lugar do filho que foi assassinado. Pensem um pouco: Isso é fácil? Vocês já viram algum pai fazer isso? Como num filme, essa seria a hora de maior suspense,  quando o espectador fica pensando e tentando lembrar se conhece alguém que fez isso ou se ele próprio seria capaz de fazer isso. Pois bem, o suspense acabou. Alguém já fez isso! E os bandidos eram você e eu que pelos nossos pecados matamos Jesus Cristo. Mas Deus não quer fazer Justiça conosco, nem se vingar, Ele quer nos ADOTAR como filhos! Pensem nisso... Isso sim é valorizar uma vida que não merece nada a não ser punição.
 Em João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

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