sábado, 11 de junho de 2011

Ligações Químicas e o Amor


 Quando estudamos química, começamos a entender como os átomos se unem a outros para formar as moléculas. Por exemplo: a água é formada por dois Hidrogênios e um Oxigênio sendo demonstrada quimicamente como H2O. Essa molécula, como outra qualquer, possui ligações especiais nas quais os átomos de alguma maneira se atraem. É interessante lembrar que os átomos possuem elétrons rodando em volta de seu núcleo, e para eles serem estáveis quimicamente, eles precisam, de um modo geral, ter 8 elétrons na sua última camada (há exceções quando falamos de átomos de pequeno número atômico).
   Então esses átomos, como nós, procuram encontrar outros átomos que lhes dêem estabilidade, fazendo com que a sua última camada perca ou ganhe elétrons para equilibrar a sua eletrosfera. Isso não se parece um pouco com nossa situação de seres “humanos”? Precisamos  nos unir a alguém para sermos felizes como Deus fala em Genesis 2:18 “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea”. A partir daí, o homem procura construir o seu lar e ser estável, assim como os átomos procuram também. E o interessante nessa comparação é que em certos tipos de ligação quimica, alguns átomos perdem elétrons e outros ganham elétrons, mas o interessante dessa união é que “os dois” ficam estáveis; tanto o que perde quanto aquele que ganha.
   Dessa ligação submicroscópica podemos tirar uma lição: Nem sempre temos de ganhar para ser feliz. Muitas vezes, o fato de cedermos coopera para a perfeita estabilidade. Um cede e outro ganha porém os dois ficam estáveis. É um ensimento tão grandioso,  que só podemos entender por teorias quimicas, pois sendo uma ligação submicroscópica, ainda não temos como visualizar com algum tipo de equipamento a beleza dessa união. Porém sabemos que é estável, muito dificil de quebrar. Essas ligações, chamadas iônicas,  embora estáveis, ainda são mais fáceis de serem quebradas que outras, as covalentes,  em que os átomos “compartilham” elétrons na sua última camada e são mais dificeis de quebrar, de se desmanchar. Ou seja, no lugar de um ceder e outro receber os dois compartilham de 2 elétrons em comum. Outro ensinamento: Quando compartilhamos o mesmo ideal e pensamento podemos gerar uma vida mais estável.
   É claro que essas comparações são poéticas, não cientificas, pois não podemos comparar cientificamente uma ligação quimica com um casamento por exemplo. Porém, um ensinamento nos vem à cabeça nessa hora: Deus fez tudo para ser estável; se as coisas fogem do normal é porque os homens tentam mudar a estabilidade formada por Deus. E nessa comparação cientificoemocional,  podemos entender que num relacionamento amoroso, ou de trabalho ou na igreja, podemos ganhar como podemos perder ou compartilhar, porém devemos nos lembrar que perdendo ou ganhando, há algo que gera uma força atrativa entre os átomos, assim como acontece a nós,  humanos. E no fundo,  essa força, que tenta ser explicada por cientistas renomados, vai ultrapassando dia a dia o entendimento que já adquirimos. Podemos perceber que o que nos une é algo maior que a própria compreensão humana. O poeta  Catulo da Paixão Cearense fala em uma de suas composições musicais: “ A dor da paixão, não tem explicação, como definir o que só sei sentir...”.
   Assim acontece também na vida; certas coisas não têm explicação para nosso entendimento mental, e sim no espiritual. E essa percepção espiritual necessita de uma ligação muito íntima com Deus, para que possamos, ligados com Ele, ter aqui na Terra a felicidade que buscamos nos nossos relacionamentos em quaisquer áreas. Porém, somos limitados e falhos, por isso o nosso amor não é suficiente para suprir aquilo que precisamos, é importante, porém limitado. Vejam o que Nelson Ned fala num verso seu: “O coração humano não tem a capacidade de dar o amor que você precisa para ser feliz. A limitação do coração humano é grande, pois ele não pode fazer nada por si mesmo.”
   Outra particularidade interessante com alguns átomos (6 átomos) é que eles não se ligam a ninguém, são estáveis quimicamente e por serem desse modo não precisam se ligar a nada;  são chamados de “gases nobres”. Vivem no mundo sem se relacionar, como algumas pessoas que se fecham em seu mundo sem procurar nenhum relacionamento. O interessante é que o nome “nobre” aqui parece, de alguma maneira, mostrar que os “nobres” ou a realeza não se misturam com a plebe. No entanto, diferente desses poucos átomos feitos naturalmente para não se ligarem a nada, o ser humano não consegue ser feliz sem conviver com outros ao seu redor.
   Que possamos entender que não bastam os nossos sentimentos internos para sermos felizes, pois há algo superior, maior e necessário para a nossa felicidade. Portanto, entenda que ninguém te ama como Jesus, e enquanto você não entender isso, vai continuar incompleto. No final da composição de Nelson Ned ele diz: “Você é importante demais para Ele.” O coração humano não tem culpa por ser limitado. Se alguém não deu a você a felicidade que você esperava é porque ninguém pode dar aquilo que não tem. Mas quando você aceitar e receber em seu coração esse amor que perdoa,  esse amor que não cobra, esse amor que dá a paz e a alegria, o seu coração humano será transformado em um coração espiritual, pois nele habitará o amor de Jesus Cristo. Então, você vai começar a olhar, a perdoar e a amar como Jesus. E, finalmente, você vai encontrar aquilo que tanto você procurava; a Felicidade!!!”

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