terça-feira, 17 de agosto de 2010

Síndrome do Reducionismo


Na Era Moderna o homem se engana em reduzir a criação de Deus em meras fórmulas químicas.
Ninguém contesta os avanços científicos que a humanidade alcançou, principalmente neste século. Todas as áreas da ciência foram brindadas com descobertas e invenções magníficas. Muitas, pelo uso rotineiro, nos impede de termos a noção exata de sua importância. “... até ao fim do tempo (...) a ciência se multiplicará.” (Dn 12:4)
Aliado a esse avanço, sobreveio para grande parte do meio científico a falsa sensação de conhecimento, em que tudo tem uma explicação lógica. Passamos a querer explicar tudo. E nessa "lógica" humana parece não haver espaço para Deus.
Os cientistas, na ilusão do domínio total da ciência, foram se tornando céticos. Segundo Philip Yancey, criou-se o "reducionismo". Reduz-se o sentimento - a Alegria a reações químicas que acontecem em nível cerebral. Reduz-se o Pôr do Sol à emissão de partículas de energia. Uma bela Flor a um amontoado de DNA. Reduz-se a Religião à necessidade interior dos homens de serem eternos. Tudo se explica, ou melhor, tudo se reduz. Reduzem Deus à força da natureza, que naturalmente evoluiu. Mas vamos refletir um pouco sobre tudo isso.
Imagine-se perdido num lugar próximo do paraíso logo após a queda de Adão. Você não conhece nada, tudo que está ao seu lado é novo. De repente você se depara com uma árvore frutífera, precisamente uma macieira. Naquele seu estado de ignorância, (ficou horas e horas observando), percebeu que era imóvel, que não era igual a você, que tinha "cores" diferentes, tinha partes diferentes, o seu “cabelo” era verde (folhas) e mais grosso. Reparando melhor, notou alguns enfeites no seu cabelo (flores e frutos). Foi perdendo o medo, e, próximo do "ser", ousou tocá-lo. Nada aconteceu. Ousou mais e retirou um fio de cabelo (folha), sentiu na mão, cheirou, colocou na boca, lançando logo fora pelo gosto ruim. Fez a mesma coisa com os "enfeites", lançando fora a flor. Mas, com a fruta, repetiu a mordida por várias vezes e achou bom, tornando-se logo freguês do restaurante self-service "Árvore".
Agora, saia um pouco deste tempo e comece a viajar pelos anos e séculos após este evento. Alguém deu um nome geral para aquele ser: árvore. Outro deu um nome específico para aquela árvore diferente das outras: macieira . E assim, sucessivamente, homens sábios de cada era adicionaram novos conhecimentos sobre a macieira. Conheceram a semente e aprenderam a plantar. Estudaram por centenas de anos e foram descobrindo extasiados sua fisiologia, suas estruturas macroscópicas, e, mais recentemente, microscópicas. Descobriram que era formada de células, que cada uma delas continha estruturas microscópicas chamadas organelas. Concluíram que cada organela tinha uma função: as mitocôndrias respiram, os lisossomos propiciam a digestão, os ribossomos produzem proteínas, e assim por diante. Com o avanço dos equipamentos, descobriram que cada organela é constituída de moléculas, que por sua vez são constituídas de átomos e estes por partículas ainda menores: os prótons, elétrons e nêutrons. E hoje, os homens já sabem que existem as partículas da partícula... Ainda bem, assim nós podemos explicar tudo, quer dizer, reduzir tudo. Mas, no meu entender, não reduzem nada, ao contrário, enaltecem a grandeza de Deus. Não consigo comer uma maçã sem me deliciar com seu sabor. Me desculpem, mas um Pôr do Sol é bem mais que energia e a Alegria é bem maior que reações químicas. Os homens até agora só fizeram nomear aquilo que Deus fez e vislumbrar, com o seu pequeno conhecimento, um pedacinho de Suas maravilhas. Em 1 Coríntios 3-19 afirma: "Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles".
Por mais que eu conheça, mais eu quero Deus e mais impressionado fico com Suas obras. Creia: você não é só um amontoado de moléculas. Você é criatura que pode passar a ser filho de Deus, quando aceitar Jesus como seu único e suficiente Salvador.


..."E o fim de toda nossa exploração será chegar ao lugar donde partimos. E pela primeira vez conhecer o local". (T. S. Eliot).

Nenhum comentário:

Postar um comentário