terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“Esquecendo os Pepinos”

"E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer?Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná."
Números 11:4 a 6.

   Essa passagem nos chama atenção  principalmente pela murmuração de um povo escravo que estava indo em direção a liberdade e uma nova terra. E eu, como descendente de polonês me fixei muito no caso do pepino, alimento muito apreciado na Polônia para ser comido após uma fermentação natural que o torna azedo.  Para quem assistiu o filme pianista que mostrava um pianista polonês que era judeu fugindo do gueto de Varsóvia, deve lembrar que em um determinado momento ele acha uma lata de pepinos azedo (fermentado) e guarda aquilo com um carinho especial, pois estava com fome e aquele era uma alimento que lembrava muito sua terra natal que estava semidestruida.
   Fazendo uma pequena comparação entre  os hebreus no deserto, e nós em nossas dificuldades podemos aprender a orar mais e murmurar menos. Os Hebreus quando entraram no deserto (que para nós tem diversos significados em nossas vidas) estavam sofrendo sim na caminhada, porém estavam indo para o lugar que Deus preparou para eles, aonde seriam livres numa terra que mana leite e mel. E nessa caminhada que foi vitoriosa diante de desafios começaram a lembrar das coisas que tinham e comiam no Egito embora fossem escravos. Essas lembranças incluindo aí o pepino faziam com que eles murmurassem.  Muitas pessoas estão no caminho da libertação após conhecer a Cristo e antes de entregar sua vida que corresponde a chegada em Canaã ficam comparando as coisas do mundo que acham que perderão quando entregarem seus corações a Jesus.
   Para muitos os pepinos, os alhos, os melões representam uma enorme quantidade de opções que o mundo lhes dá e os destroem, porém essas lembranças os incomodam e alguns desistem da vida eterna em troca daquilo que acham ser mais importantes para eles naquele momento. Às vezes pequenos momentos de prazer nos separam de Deus, pois mostram a nossa ligação com o mundo. Precisamos nos lembrar constantemente que aquela viagem de 40 anos no deserto representam nossa vida nesse mundo desejando a Canaã celestial.
  Em outra situação, àqueles que já entregaram a vida a Jesus mas quando enfrentam algum problema (deserto) murmuram, reclamam e querem ensinar a Deus como devia ser. Querem dar conselhos a Deus. Devemos estar atentos a esse detalhe pois o murmurar é o mesmo que criticar a Deus. Estamos no caminho aqui somos peregrinos  e teremos aflições como Jesus nos alertou. Me lembro nessa hora de uma ilustração em que uma pessoa retira um grande peixe do mar e tenta coloca-lo confortavelmente “sentado” na areia da praia. Observando que o peixe ofegava e na tentativa de melhorar sua situação coloca um guarda Sol, e nada o peixe sofria. Passa um protetor solar e não melhorava a situação do peixe. Coloca uns óculos escuro, e nada, dá água de coco e nada. Enfim depois de inúmeras tentativas chegou a conclusão que o peixe sofria porque ali não era o seu lugar, o seu lugar era no mar, ná água. A mesma coisa contece conosco aqui não é o nosso lugar por isso teremos aflições e angústia, aqui somos peregrinos, pois o nosso lugar é a Canaã celestial. Como os Hebreus teremos que nos “policiar” para evitarmos as murmurações, pois o nosso objetivo é alcançar a salvação e teremos alguns “desertos” nesse trajeto. Não devemos esquecer que o próprio Senhor Jesus passou pelo deserto. E Ele mesmo nos adverte:
 “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. João 16:33 

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