terça-feira, 14 de julho de 2015

Nutrição Espiritual


A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus? Salmos 42:2

Minha esposa sempre fala para mim: “se nós comemos mais de uma vez ao dia para alimentar o corpo, também devemos buscar alimento espiritual mais de uma vez ao dia.” É impressionante como nosso organismo anseia por alimentos específicos quando temos alguma carência no nosso organismo. São muitas as histórias contadas por mulheres que quando não utilizavam um poli vitamínico com minerais na gravidez buscavam coisas estranhas para comer, como por exemplo: tentar comer pintura branca que eram feitas de cal antigamente. O porquê disso? Na pintura à base de cal encontramos Cálcio, elemento químico indispensável na formação óssea além de outras funções. Isso faz lembrar o versículo bíblico em Ec 11:5:“Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas”. Na gravidez é comum a mulher sentir falta de algum alimento e, às vezes, o marido acaba saindo procurar tarde da noite, carência nutricional.

Quando estudei em Curitiba (por um breve período de tempo) tinha uma alimentação desequilibrada e lembro perfeitamente o dia em que precisei tomar vorazmente muito leite; como se algo que ele contém estivesse sendo necessário repor no meu corpo. E assim são várias e várias histórias que podem ser contadas, inclusive de como se descobriu a necessidade da vitamina B1(tiamina) por exemplo. Na Ásia, no século XIX, houve um aumento da doença conhecida por Beribéri e isso ocorreu depois que começaram a produzir e consumir arroz polido (branco). O arroz integral possui aquela cor escura, que é o farelo, e que contém a vitamina B1 entre outras substâncias. Um almirante japonês combateu a doença dos marinheiros acrescentando o farelo que sai do polimento do arroz na alimentação. Eu conheci bem esse processo, pois meu pai tinha um moinho de cereais e um dos cereais que trabalhávamos era o arroz que descascávamos e depois passávamos por uma máquina que o polia deixando branco, porém, sem a vitamina B1. Hoje a maior parte da população consome arroz branco, mas não tem a doença porque ela está presente em muitos outros alimentos.

Outra coisa interessante é a relação de alimentos com as estações do ano. Um exemplo é a produção de frutas cítricas (ricas em vitamina C) no outono, ou seja, imediatamente antes do inverno quando mais necessitamos reforçar as nossas defesas contra gripes e outras infecções; já que a Vitamina C é excelente no aumento de nossas defesas orgânicas. Portanto, nosso organismo necessita de diferentes alimentos nas variadas estações do ano, bem como alimentações adequadas para as faixas de idade em que estamos. E a nossa alma? Ela necessita constantemente ser alimentada para não sofrermos de “raquitismo espiritual”; quando nossa estrutura emocional se abala pela falta da nutrição diária da presença de Deus em nossa vida. E esse alimento é encontrado na Palavra de Deus que traz todo o nutriente necessário para o que você está necessitando nas variadas estações da sua vida. Goethe disse “Todo anseio humano é na verdade um anseio por Deus”.

Então se nutrimos o corpo várias vezes ao dia, porque não fazemos o mesmo com nosso espírito? A carência que hoje você pode estar sentindo, só pode ser suprida pela comida celestial, o nosso “pão” diário. Vejam o que Jesus disse em João 6:51 parte a: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre”. A entrada desse alimento não é pela boca, mas sim pelos ouvidos ou pelos olhos ao lermos a Palavra de Deus, a Bíblia. Portanto, vamos orar mais, ansiar mais por Deus, preparar uma “multivitamina” diária do alimento espiritual contido em Sua Palavra para não enfraquecermos nas estações difíceis da vida. Uma constatação seguida de uma pergunta a você que conhece a Palavra de Deus: Jesus, mesmo sendo Deus, necessitava orar várias vezes ao dia, e nós, não precisamos? Pense nisso...

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