domingo, 5 de maio de 2013

Minha mãe me teceu em parceria com Deus.


Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
Salmos 139:16

Mãe... Algo especial e maravilhoso, poucas vezes pensamos na beleza da tessitura da nossa vida no ventre de nossa mãe. Podemos observar os ventres crescendo e com ele o carinho que as mães já demonstram àquele ser em crescimento, mas não paramos para pensar na beleza e porque não dizer no milagre multiplicador que ocorre nesses ventres. Vamos pensar um pouco em como foi a maravilha da nossa formação no ventre da nossa mãe. Vamos viajar no microscópico mundo das células e ver que você já é um vencedor desde a fecundação.

Inicialmente uma média de 300 a 350 milhões de espermatozoides saem tentando fecundar o óvulo que é 85 mil vezes maior do que um espermatozoide. Começa aí uma viagem que aparentemente é pequena, mas para o gameta masculino é uma viagem cheia de obstáculos a serem vencidos. Por outro lado, o ovário feminino solta o óvulo; o gameta feminino, para que ele seja encontrado pelo espermatozoide dentro da trompa de falópio. Vários espermatozoides tentam entrar, mas só um consegue, e esse, ao penetrar aquela célula bem maior do que ele, forma o ovo ou zigoto, que passa a ser o protótipo do que será o futuro bebe. Nessa união vão se misturar os genes que se encontram nos 23 cromossomos masculinos e nos 23 cromossomos femininos.

Teu aspecto, cor dos olhos, altura, cor dos cabelos já estão determinados. Nessa hora começam a interagir milhares de genes da mulher com milhares de genes do homem, prevalecendo aqueles que são dominantes. Por essa razão, você e eu somos únicos e especiais. Fomos tecidos dentro da nossa mãe de maneira maravilhosa. Enquanto o zigoto se desloca da trompa de falópio até o útero que como um ninho especial e bem aconchegante foi preparado antes para que recebesse com festa essa dupla maravilhosa (espermatozoide e óvulo unidos), ele já começa a se dividir para que de duas células, apenas duas, venha a ser gerado um ser com mais de 100 trilhões de células. Essas células se dobram em número em média a cada 20 horas fazendo com que cresçam tecidos e órgãos de maneira harmônica e maravilhosamente perfeita. Dessa maneira, surge você, um ser único, com características particulares e registradas na união daquele espermatozoide vitorioso que deixou para trás milhões de outros participantes na corrida até o óvulo. 

Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Salmos 139:15

O nosso coração começa a bater quando ele tem o tamanho aproximado de 4 mm. Quando atingimos o tamanho de mais ou menos 1 cm já é possível identificar as partes diferentes do nosso corpo, como cabeça e membros. Como traz a palavra no Sl 139:6: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é; não o posso atingir”. Realmente não observamos a maravilha da nossa formação. Então, precisamos, nesse mês de Maio, parar para pensar no que éramos, como fomos gerados e amparados por aquela que hoje chamamos de mãe.

Teríamos muito mais a falar sobre a complexidade e curiosidade dessa maravilha transformadora, mas elas acontecem dentro daquela que Deus escolheu para ser o nosso aconchego. Que nesse dia especial de Maio possamos nos lembrar do carinho com que fomos acomodados dentro da vida de outra pessoa, que nos amou e nos guardou desde quando éramos apenas um punhado de células ainda disforme, contando os dias para a nossa chegada ao mundo. Que tenhamos no dia das mães a consciência do valor que tem aquela que nos trouxe à vida, através de sua própria vida, enfrentando tantas mudanças e transformações, muitas vezes nada fáceis, em seu próprio organismo, para nos trazer à existência. E aqueles que não a têm mais, como no meu caso, que possam agradecer pelo tempo que passaram juntos e possam exaltar a Deus pelas tessituras internas, maravilhosas e milagrosas, no corpo daquela que nos gerou para a honra e para a glória d’Aquele que nos deu a vida. 

Os braços de uma mãe são feitos de ternura e os filhos dormem profundamente neles. Victor Hugo

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